segunda-feira, 9 de julho de 2012

Drink Me - Will Eisner

     Olá meus queridos, hoje tem um "Drink Me" meio GEEK. O artista de hoje é o queridíssimo William Eisner, que é considerado um dos mais importantes artistas de histórias em quadrinhos e uma das maiores influências no desenvolvimento do gênero. Se você é fã de quadrinhos então, as obras de Eisner tem que figurar na sua estante em um lugar de honra.

     As realizações de William Erwin Eisner dentro da indústria das histórias em quadrinhos são inúmeras,  e a sua influência não pode ser medida precisamente, pois é tão abrangente que está intrínseca em cada publicação que chega as bancas. E passada de geração em geração, ela se torna, assim como seu mais conhecido personagem, um espírito que preenche e dá vida nova a cada novo artista talentoso que surge influenciado por ele. 

     As tiras de Spirit, talvez o seu personagem mais próximo ao grande público, foram publicadas durante doze anos a partir de 1940. E a sensação que elas criaram pode ser comparada ao que um cineasta daquela década teria se assistisse ao um filme da saga Star Wars. Eisner não se limitava aos “quadrinhos”. Suas páginas eram dinâmicas, seus personagens saltavam para fora do papel. Hoje pode parecer clichê, mas todo clichê precisa ser inventado, e Eisner tinha muitos truques escondidos no seu nanquim.

     Mas, muito além de ser um artista do visual, Eisner era acima de tudo um contador de histórias. Por isso mesmo que suas melhores obras talvez não sejam aquelas dedicadas ao universos dos heróis. Histórias como “Um Contrato Com Deus“, “Avenida Dropsie” e “Um Sinal do Espaço” são mais focadas no ser humano, suas fraquezas e virtudes. Eisner dá a entender que seu trabalho é baseado, sobretudo na observação de nós mesmos, e qual seria a nossa reação diante dos obstáculos propostos em suas histórias. Pode não ser uma invasão alienígena, ou um super vilão. Mas são obras que acabam mostrando que no fundo somos os nossos próprios vilões e heróis dentro de nós mesmos.

     Além de sua carreira como quadrinista, Eisner ensinou Técnicas de Quadrinhos na Escola de Artes Visuais de Nova York, e escreveu obras fundamentais na criação de histórias em quadrinhos: Os Quadrinhos e a Arte Sequencial (Comics and Sequential Art) e A Narrativa Gráfica (Graphic Storytelling).
      E1988 a indústria dos quadrinhos prestou tributo à Eisner criando o Prêmio Will Eisner, mais conhecido como "Eisners", que servem como uma premiação pelo "conjunto da obra" nas histórias em quadrinhos.

Algumas curiosidades: 
  •  Eisner era reverenciado não só pela indústria de quadrinhos norte-americana mas também pela escola européia, conhecida por um estilo muito particular.
  • Eisner era fascinado pelo Brasil, e visitou o país sete vezes. Certa vez ele disse que não se mudava para o Brasil "porque não conseguia aprender a falar português". Mas havia uma palavra em português que ele adorava, e que não havia similar em inglês: saudade.
  • No final dos anos 90, Eisner dedicou-se a produzir versões em quadrinhos de vários clássicos da literatura, entre eles Moby DickO Último Cavaleiro Andante (Dom Quixote) e A Princesa e o Sapo. Posteriormente produziu Sundiata, uma lenda africana.
  • Uma curiosidade que Will Eisner conta é que ele sempre preferiu trabalhar com editoras pequenas, de forma que ele pudesse falar diretamente com o editor, e não ter que marcar audiências. Por isso ele publicou por um bom tempo pela Kitchen Sink Press, de Dennis Kitchen, e não por nenhuma das grandes do mercado (DC, Marvel, Image e Dark Horse).
  • Em 1999 foi produzido no Brasil o documentário Will Eisner: Profissão Cartunista, tratando da sua vida e obra.

     E é isso amores. Espero que tenham gostado do post de hoje. Aproveitem para ler um dos quadrinhos ou história do Will. um beijo grande e...

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